12 Mulheres e uma cadela

20 anos depois As Apaixonadas voltam para apresentar, um espectáculo inovador, proposto por São José Lapa, Lucinda Loureiro e Ãngela Pinto, convidando para junto delas a escritora Inês Pedrosa. Voltam com 12 Mulheres e uma cadela, para falar do conceito de Mãe, de Mulher. 12 mulheres únicas. Carmen Santos, São José Lapa, Paula Guedes, Lucinda Loureiro, Ângela Pinto, Alexandra Leite, Jo Bernardo, Gracinda Nave, Alexandra Freudenthal, Inês Lapa Lopes, Rita Rodrigues, Joana Manaças.

11.29.2004

again

Teimosamente só me sinto neste blog, após dez sessões com a 12M e às vezes uma cadela ;)
Em jeito de diário tenho aqui falado de alguns dos assuntos focados ao longo dos nossos ensaios... hoje falo do que vi no Porto. Stª Joana dos Matadouros, um espectáculo de Teatro-Rock-Crueldade-Desencanto-e-Força-Vídeo-bicicletas-e-muito-choro. Vi também uma produção do norte, Ratos e Homens, uma excelente virtuosa chamada Paula Rego, algumas das muitas galerias da rua Miguel Bombarda e um inexperado concerto de carrilhão! Tudo junto deu-me muita pica e vontade de explorar cada vez mais e melhor este nosso processo de trabalho.

A Paula Rego prova-nos uma vez mais que através do trabalho, do trabalho intenso e da busca em cada novo trabalho, de algo mais, se obterão sempre resultados. Na StªJoana dos Matadouros, vi o que vários corpos e vozes juntas podem fazer por um texto de teatro, transformá-lo num concerto RocK, cheio de pica!
Curtamos pois!

Tudo está escrito nos espaços brancos que ficam entre uma palavra e a seguinte. Inês Pedrosa

11.24.2004

coisas soltas

Após a nossa oitava sessão de trabalho, ensaios, pesquisa, brainstorming e alguns percalços, devo dizer que já não me dói tanto o corpo, o que deve ser bom sinal. Em relação aos precalços, do material perdido, roubado, fanado, iremos continuar a registar, pelo que, com toda a certeza, outras e melhores coisas aparecerão.
Portanto, a invasão do meu espaço, o desencadear do estado de intolerância, a irritação, a violência, a agressão, foram situações pelas quais tentámos passar. Agora; como passar a tomada de posição sem qualquer tipo de julgamento? O que queremos é mostrar algo, pois o simples acto de o mostrar já vai obrigar a reflexões e tomadas de posição? ou deveremos e poderemos influenciar outros, tornando mais claro aquilo em que acreditamos?
As massas. O modo como se consegue levar uma massa de seres humanos a funcionarem como um todo, todos p o mesmo lado, c a sua força multiplicada pelo seu conjunto, tudo isto conjugado com a estupidez que nestes casos tende a prevalecer nas tomadas de posição do grupo, ou massa, é algo que me assusta.
A força que tem uma multidão quando incitada contra algo, que até pode nem ser do conhecimento de todas as suas partes, espanta qualquer um que a observe de fora. Nenhum dos indivíduos se questiona, apenas segue o próximo e é pelos outros legitimado.
E por hoje me vou, atacada pelo vírus que me põe a garganta tão quente. daqui me vou para recorrer aos químicos!
...
Está a custar a arrancar esta coisa do blog, que seria mais interessante se mais mulheres aqui escrevessem, pelo q aguardo com muita curiosidade futuros posts ou comentários.

11.21.2004

Etra, São José Lapa, num ensaio das 12 Mulheres & 1 cadela!

11.16.2004

quinta sessão e eu a ouvir fado

fado, massive attack, beth gibbons, amon tobin, segue-me à capela.... com eles no "background", sorrio, canto, invento, leio, escrevo neste blog.
-estejam descansadas meninas, q volto hoje a enviar-vos mails com as instruções de utilização-
deste últimos ensaios fiquei com a sensação do ... soube-me a pouco. as inquietações continuam e dou por mim a repescar um assunto sobre o qual já escrevi bastante, (para escultura, num processo de pesquisa para levantamento de uma obra... ) mas não encontro os papeis e por isso torno a desenvolver, pouquinho aqui.... A fronteira entre a sanidade e a insanidade, muito ténue se formos verdadeiros connosco, mais ténue ainda se nos olharmos de fora. Essa fronteira existe e todos os dias eu tomo a decisão de não elouquecer, pois o contrário sería fácil, demasiado talvez. Assim preocupo-me em fazer uma lista de pequenas constatações q me facilitariam a vida no caso de me passar para a loucura...... mas será que iria, em tal estado, encontrar a tal lista? lembrar-me dos seus ítems?
temo bem que não. Se a encontrasse o mais provável seria não estar a ser sincera, e ainda não ter realmente endoidecido, mas estar ainda com um pé cá e outro lá.... partindo do princípio q são realidades distintas, ainda q cruzadas.
e a solidão? no dicionário vem:
do Lat. solitudine, através de solidoe
s. f.,
estado de quem está só;
lugar ermo, solitário.

mas há realmente uma conotação muito negativa associada à palavra. ao estado, se quisérem. Estar só. Por vezes é necessário, ou corremos o risco de não pensar, de adiar a reflexão. Por isso acho tão importante o andar de transportes públicos ao invés de andar de carro/mota. Nesses locais apesar de colectivos, estamos sós e com a disponíbilidade necessária p reflectir. Várias razões fazem c q isto aconteça. Não temos q tomar decisões, pois a decisão da paragem de saída já estará tomada à partida. Não precisamos de estar atentos, ou talvez, apenas atentos à carteira ;). Sabemos que durante aquele periodo de tempo q dura a viagem, nada mais temos para fazer. portanto, para não pensar, a solução sería ler um livro ou dormir. Estamos assim condicionados à reflexão, por pequena q seja.

11.07.2004

terceira sessão

Hoje, mais dorida mas mais direitinha, depois da terceira sessão de trabalho, aqui vai:
a minha inquietação eleita, será a VERDADE, o que é ela, o q ela representa para nós, como lidamos com ela, como jogam com ela e as suas consequências. Muito a par da verdade vem o PODER, a cena do abuso do pequeno poder, o poder do mais forte sobre o mais frágil.
A MALDADE, ao ser assistida por mim, enoja-me.
A relação do ser humano com o reino animal em particular e a natureza no seu todo, é na maioria das vezes reveladora do que ele entende como o exercício da sua imposição. A violência é exercida sobre tudo o que se encontra abaixo de si. Nas relações, no espaço, no mundo, chegamos com demasiada facilidade à GUERRA, uma realidade de hoje, que teimamos em sentir como pertença de um qualquer mundo paralelo, visto que não nos atinge (por enquanto) fisicamente, e nos é entregue diáriamente num tabuleiro especial, tão cheio de adereços que se torna impossível ver qual o prato principal. Erguem-se muros de impassividade, de incapacidade de reacção. Não vejo como conseguiremos ter outra revolução. E se precisamos dela!

11.05.2004

30 de Outubro de 2004

primeiro ensaio, primeira exposição de cada uma de nós ao grupo das 12!!!!!
.............
só consigo sorrir, e aqui escrever que aguardo, cheia de pica, o próximo sábado!!!!!
.............